Aldeia da Ponte foi há tempos terra de contrabandistas - não havia mais nada de que viver a não ser da agricultura de sobrevivência - passando no inicio da década de sessenta do Século passado a ser mais um dos fornecedores dos bidonville dos arredores de Paris e de outras cidades francesas. Eu próprio, tive e tenho alguns familiares que para lá foram, tiveram que ir, para de algum modo melhorarem a sua vida, muito embora saibamos todos a que preço.
Trata-se também como todas as Aldeias do interior do País de um lugar profundamente envelhecido, onde resistem estóicamente meia dúzia de jovens, sabe-se lá até quando.
Para além de uma ponte, de onde deriva o nome, ponte essa, diz-se, do "tempo dos romanos", (pelo menos o estilo é), mas tem, dizia, uma praça de toiros, que porque não dizer, é o orgulho das suas gentes. De facto é um terra de tradição taurina, sendo que essa tradição provém do que se chama a capeia raina, que consiste em fazer o touro investir numa armação de madeira (pinhos) que é suportada por cerca de trinta homens. Essa armação tem o feitio de um triângulo sendo sua base virada para o toiro, tentando ele rodear essa mesma base, enquanto o homem que segura o seu vértice, que se encontra, naturalmente oposto á base, vai dando indicações aos homens que suportam o forcão para que estes, vão rodando por forma a que o toiro não consiga ultrapassar a base.
É um grande espectaculo, muito embora na antiga praça, feita e fechada com carros de bois e outros improvisos, proporcionasse uma maior vibração.
A BEATRIZ é louca por Aldeia da Ponte (esperemos que a MATILDA também venha a ser, independentemente de haver ou não tourada. Claro que se houver tanto melhor...
No conjunto de slides que estão anexos a esta mensagem, poderão ver as cheias que lá houve em 26/27 de Fevereiro de 2010 (eu nunca tinha visto) e alguns dos mesmos locais exactamente quatro meses depois, isto é em 27 e 28 de Junho.
Até á próxima
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