domingo, 10 de março de 2013

ANIVERSÁRIOS II

Hoje foi dia de surpresa.
E como qualquer qualquer surpresa, foi verdadeiramente, além de surpreendente (La Palisse...),  muito boa.
A Marina organizou um almoço para a nossa Familia, a minha Filha Cláudia, as minhas Netas, Beatriz e Matilda, a minha Mãe, Maria José, os Meus Cunhados, Paula, Rita e José, os meus Tios, Joaquina e Horácio e os meus Sobrinhos, Mara e Rafael. A minha Sobrinha Cátia, Luis, seu Marido e o seu Filho mais novo, "Didi", como lhe chama a Matilda, não puderam estar por doença dele. É sina.
Em pensamento esteve a Carla, nossa Sobrinha, lá longe, em Londres, onde vive com a sua Amiga, a Cris, que também sabia(m) desta surpresa.
Foi, repito muito gratificante.
Acabámos por festejar, embora com atraso, os aniversário, da Paula, 26 de Fevereiro, da minha Mãe, 27 de Fevereiro e o meu, 2 de Março.
Mas sobretudo foi um dia de convivio franco de uma Familia que, com todos os seus acordos e desacordos, naturais, se respeita e se preza.
Pena foi, é, que os definitivamente ausentes, não pudessem estar: o meu Pai e os meus Sogros.
Os miúdos brincaram, jogaram á bola, molharam-se na piscina, passearam na água da chuva acumulada no jardim, enfim os disparates do costume.
Nós almoçámos muito bem, com bom vinho, conversámos, falámos mal do (des)governo, dos roubos que a quase todos nos fazem, nomeadamente nas reformas e nos impostos, nos subsidios and so on, de manifestações, enfim do que nos deu na real gana.
No final os putos, Beatriz e Rafel atiraram uma bola para o jardim do vizinho do nosso lado, que não estava. Como de resto é habitual.
Quase choraram aflitos porque tinham ficado sem bola e não sabiam como a ir buscar.
Lá se engendrou uma maneira e acabaram, a Beatriz e o Rafael por passar por uma aventura.
E nós a rir e a gozar o prato, mas simultâneamente a incentivá-los a ultrapassarem os obstáculos. É  assim que se educa e ensina.
Vejam algums fotos.


















ANIVERSÁRIOS

Façamos um pequeno intervalo na viagem à Nova Zelândia.
Na semana passada aproveitando os aniversários da minha Mãe e da minha passagem a "sexygenário" e juntando a isso a necessidade evidente da Marina descansar uns dias, do muito trabalho que felizmente temos tido na Segursintra, decidmos ir "dar uma volta".
Fomos á minha terra, Aldeia da Ponte, para passar o aniversário da minha Mãe no dia 27 de Fevereiro, aproveitando a proximidade para ir até Salamanca, onde ela já não ia há bastante tempo.
Fomos almoçar a um restaurante onde há anos eu e a Marina, integrados num grupo da Victoria Seguros, onde trabalhei, tinhamos jantado. Um jantar inesquecivel, de resto.
Foi na Casa Paca. Aconselhamos vivamente!!!
Fomos acompanhados da minha prima Rosa.
Além de ter sido um optimo almoço, ainda tivemos a felicidade, de apanhar um nevão, no caminho, que prenunciou um outro ainda maior que acabou por caír em Aldeia da Ponte nessa mesma noite. Está-se mesmo a ver a alegria da Marina, não muito habituada a ver este fenómeno.
No dia seguinte, prosseguimos viagem para o Alentejo, Borba, mais exatamente, para passar uns dias. No entanto desta vez, decidimos ir por Espanha, fazendo o caminho por Ciudad Rodrigo, Cáceres, Badajoz e reentrando em Elvas, até Borba.
Mais neve no caminho, nomeadamente antes de chegar-mos a Cáceres, Cidade que mal conheciamos e onde aproveitamos para almoçar e conhecer o "casco antiguo". Bonito e bem preservado.
No Alentejo, demos mais umas voltas, por Reguengos de Monsaraz onde também tinha nevado e onde a neve (gelo) ainda se mantinha dois dias depois, dando á paisagem no meio da Vila, um efeito completamente diferente daquele a que estamos habituados.
Deu para descançar, namorar e comer muito bem. Como é habitual no Alentejo.
No dia 2 de Mrçao passei uma data importante - para mim, pelo menos e que é o qb : passei a "sexygenário" e tive a alegria de receber inúmeros telefonemas, incluindo estrangeiro e não só da Alemanha, sendo naturalmente daqueles que mais apreciei (que me desculpem os restantes) o da minha Filha e das minhas Netas: infelizmente não pode estar com elas pessoalmente, mas isso são contas de outro rosário.
O tempo se encarregará de recolocar o comboio nos carris, até porque a seguir a tempos, tempos vêm.
De qualquer modo obrigado a todos e todas e foram muitos e muitas, pela lembrança.
Foram dias muito bem passados e que nos deram para recarregar baterias, até à próxima paragem que será em Junho, e essa será bem diferente, por certo.
Acho eu....
Vejam algumas fotos.



sábado, 9 de março de 2013

LAKE TEKAPO

Este dia, 23 de Novembro, foi propositadamente reservado para ficar-mos na povoação denominada Lake Tekapo.
Eu e a Marina tinhamos cá estado na ultima viagem que tinhamos feito á NZ, há quatro anos.
Notámos uma diferença abissal entre essa altura e agora, a nível de estabelecimentos, (na altura havis três restaurantes e agora cerca de uma dezena), casas, etc.
O progresso assente no turismo tem destas coisas, com aspetos positivos e outros longe disso. Mas é o que temos.
A manhã nasceu cinzenta e nublada o que estava longe de ser um bom prenuncio, paras as nossas intenções: sobrevoar o Lake Tekapo, mas sobretudo o Mount Cook o mais alto da NZ com os seus 3,754 Km. de altura.
Fomos eu e a Marina á loja dos voos, (uma delas, entenda-se), dado que o Gerd e a Gisela tinham conseguido fazer o voo há dois anos, aquando da sua primeira visita à NZ, ao contrário de nós, que tentamos e não conseguimos, devido ás condições atmosféricas.
Parecia ainda não ser desta que iriamos conseguir.
Deixamos o nosso contacto na loja para nos ligarem se as condições melhorassem e ficámos de prevenção.
Cerca das 11,30 H lá nos ligaram e arrancámos que nem doidos para o aeródromo e lá entrámos no avião "teco teco".
Nós e o piloto. Sómente.
Levantámos voo e começámos a desfrutar de vistas deslumbrantes, primeiro da povoação Lake Tekapo, depois do lago própriament dito e dos que lhes estão adjacentes: Alexandrina e o Pukaki.
Fabulosos contrastes na cor da água sendo claramente o Tekapo o mais bonito, pela cor azul das suas águas provenientes do degelo das montanhas que o circundam.
Mais  tarde mergulhámos, é o termo, no meio das montanhas que "redondam" os glaciares Tasman, Fox e Franz Josef.
Circulamos o Mount Cook e quase que se pudessemosnpor o braço de fora da janela do "teco teco", quase, dizia, lhe tocariamos.
Piruetas para aqui, ensinamentos do piloto para ali, foram cerca de 60 minutos que nos realizaram um sonho: sobrevoar o Mount Cook o pico dos alpes do sul.
Fantástico.
Regressaómos e fomos almoçar com os nossos amigos que pacientemente nos esperavam no B & B na varanda do nosso quarto que estava virado ao sol, lendo.
Á tarde fomos visitar a capela do God Shepard e visitar a estátua do Cooler o cão que antigamente guardava e sobretudo guiava as ovelhas.
Depois disso fomos descansar antes de beber umas cervejinhas para posterioemente ir-mos jantar.
Dia bem passado, calmo e organizado como sempre (o organizado).
Vejam mais umas fotos.


















DUNEDIN A LAKE TEKAPO

Depois de mais um prolongado interregno,vamos lá continuar esta estafada e estafante viagem pela NZ que vai inexorávelmente a caminho de um glorioso final, mas ainda assim com inúmeras sensações de espanto pelas mais diversas razões.
Uma delas aconteceu exatamente neste dia, 22 de Novembro.
O dia amanheceu soalheiro, mas frio, como tem sido hábito nesta viagem.
Ainda bem que assim foi, pois esperava-nos uma longa e dificil viagem de quase 500 Km em direção ao Lake Tekapo.
Foi uma etapa que na sua origem teve um longo caminho, quase sempre a subir, por montes e vales (a descer claro), pintalgados de amarelo e branco: amarelo das giestas e branco de inumeros animais em movimento que tentavam a todo o custo comer o mais possível que conseguiam: borregos e ovelhas. Inólvidavel espetaculo que nos divertiu imenso, pois de cada vez que passavamos por um campo onde eles e elas pastavam, eu, que conduzia, nessa manhã, tocava a buzina do jipe e era ver cada um dos bichos a fugir para seu lado, em correrias loucas e saltos quase mortais.
Divertimento, sem dúvida.
Ás tantas decidimos mudar do rumo normal. Em boa verdade o Gerd e eu já o tinhamos decidido, em segredo, pois nada queriamos dizer ás Senhoras, uma vez que o caminho que tinhamos decidido tomar era, e é, agressivo, mas simultâneamente deslumbrante.
Em lugar de seguir-mos o caminho normal, decidimos ir por Dansey Pass, um caminho de terra batido no meio da montanha, que nos fez sentir verdadeiros pilotos de rally.
Os precipicios eram de uma altura inexplicável, apenas passava um carro, o caminho só está aberto de Outubro a Abril, estando no resto do ano, habitualmente fechado devido á neve. Enfim verdadeira aventura.
Mas tinha sido por isso que tinhamos alugado um jipe.
A cada curva, as Senhoras no banco de traz pediam para eu ir mais devagar (ia a 15/20 Km á hora, note-se). A cada curva pressentia que fechavam os olhos e rezavam.
Enfim espetaculo dentro do espetaculo.
Cerca das 12 horas chegámos finalmente a Dansey Pass onde existe um hotel que está habitualmente encerrado, porque é impossível aceder-lhe fora dos meses em que a estrada está aberta.
Todo este caminho, até Dansey Pass foi feito a subir, mas ainda nos aguardavam largos Km. de subida.
Parámos por meia hora para beber uma água e tirar umas fotos, aproveitando para dar uma vista de olhos no hotel, todo ele construido de madeira.
Fabuloso hotel. Ficámos com vontade de ficar, mas não pode ser.
Prosseguimos em direção a Lake Tekapo, para mim o mais bonito lago da NZ com a sua água verdadeiramente azul e com a sua capela do God Shepard.
Adiante.
Continuamos a subir, e continuamos a ouvir rezas e pedidos de ir mais devagar (só se fossemos a pé...).
Até que atingimos o cume deste montes.
Parámos de novo e encontrámos duas raparigas a "picnicar" na berma do caminho, com quem metemos conversa. Tinham as bicicletas, pasme-se, enconstadas e disseram-nos que aguardavam por uma amiga que se tinha atrasado e por quem tinham resolvido esperar. Solidariedade.
Ainda não tinhamos almoçado e não seria ali que o iriamos poder fazer, tanto mais que a erva que os borregos comem há muito que tinha acabado, pois estavamos em zona de neves mais ou menos eternas onde nada cresce.
No entanto pressenti que o Gerd, queria trocar de condutor mais cedo, para também sentir a adrenalina de conduzir nesta zona.
Ofereci-lhe o volante e preparei-me para ser eu a desfrutar do risco.
Começamos a descer e eis senão quando vimos a tal ciclista atrasada, a quem demos algumas palavras de incentivo e dizendo-lhe que as suas amigas esperavam por ela, mas que se despachasse senão nada teria para comer. Risos, adeus e desejos de boa viagem.
Prosseguimos a viagem agora num caminho claramente descendente, o que não aliviou as Senhoras do medo que sentiam.
Finalmente chegámos ao Lake Tekapo e ao B & B restando-nos a consolação, (mais ás Senhoras), que com o seu "sofrimento" tinhamos poupado cerca de 150 Km dos 500  inicialmente previstos e que eu e o Gerd nos tinhamos divertido á grande!!!
Vejam mais algumas fotos desta etapa louca!!!