sexta-feira, 14 de outubro de 2011

ESTADO DE CHOQUE

Hoje a generalidade dos portugueses está em estado de choque, em razão do discurso de ontem do Sr.Dr.Coelho.

Não o da Madeira, mas o de Massamá.

Sabíamos todos, ou pelo menos os que vivem na terra que nada de bom iria vir daquelas bandas.

O que todos ou quase, não esperariam era que as medidas anunciadas, fossem tão discricionárias.

Na realidade é absolutamente inadmissivel, do meu ponto de vista e de outras pessoas muito mais entendidas do que eu em matérias sociológicas, o que foi resolvido relativamente aos subsídios de Natal e Férias para os próximos dois anos, os quais aparentemente, apenas irão ser cortados aos funcionário públicos e das empresas publicas e aos reformados.

Indubitavelmente que teria sido muito mais justo dividir a verba que o Estado pretende arrecadar - e por favor não atirem areia para os olhos das pessoas dizendo que com esta medida se diminui a despesa - por todos, sendo que uns deixariam de receber e outros pagariam, o que em termos de resultado seria exactamente o mesmo (ou não Sr. Dr. Coelho?).

Com esta metodologia e com contas grosseiras, todos perderiam um dos subsidios em lugar de apenas alguns perderem os dois subsídios.

Qualquer "pouco inteligente" percebe isto. Mas não. O Sr. Dr. Coelho, pretende com esta metodologia, ser um bom capataz da troika, cumprindo, ainda que artificialmente, o desígnio da "diminuição da despesa".

Não se discute, ou pelo menos eu não o faço, sobre a necessidade de se tomarem medidas, porque na realidade andámos não sei quantos anos a viver acima das nossas possibilidades. 


A questão é que andámos todos, Sr. Dr. Coelho.

E assim sendo, todos, mas todos, devíamos pagar.

Outra questão foi o aumento das horas, ou da meia hora se se quiser, de trabalho. 
Pessoalmente nada tenho contra. No entanto não tenho a certeza que isso traga resultados. Pelo menos generalizadamente.

Já a questão do IVA, nomeadamente nos restaurantes, mais não é do que, por muito que a todos custe, o alinhamento pelo que se segue na generalidade da Europa, nomeadamente no norte desta.

As consequências no curto prazo vão acontecer, naturalmente. Porém, penso que a prazo (não longo) a situação tenderá a normalizar-se.

Do que não tenho a a certeza é de que as receitas do IVA nomeadamente nesta área de negócio, aumentem.

Quanto aos feriados e pontes, não posso estar mais de acordo.

Há no entanto uma área que aí sim, entendo que contribuiria para o aumento da produção:


REDUÇÃO DAS FÉRIAS e ACABAR-SE COM A ABERRAÇÃO DE SE PREMIAR QUEM NÃO FALTA AO TRABALHO COM MAIS TRÊS DIAS.

Acho que é premiar a mediocridade: toda a gente tem a obrigação de não faltar ao trabalho, salvo por motivos imperiosos, como uma doença devidamente comprovada. Constipações, dores de cabeça, dores menstruais, não contam, obviamente.

Porque não reduzirem-se as férias, acabando-se com o tal prémio dos três dias e diminuido os vinte e dois dias úteis para por exemplo, dezassete? Ganhavam-se cinco dias úteis. E para que não se dissesse que se estava a trabalhar de borla, porque não aumentar o salário do trabalhador em cinquenta por cento (2,5 dias), do trabalho feito a mais?

E porque não o valor do restante (2,5 dias),não reverter para uma conta poupança reforma do próprio trabalhador administrada pelo Estado? Ou pagar-se em Títulos do Tesouro, que só se pudessem resgatar ao fim de dez anos?

Aqui sim alcançavam-se diversos objectivos:

-Aumentava-se a produção;
-As pessoas ganhavam mais no imediato;
-As pessoas ganhariam mais no futuro, através dos tais dois dias e meio, cujo valor capitalizaria a seu favor, sem hipótese de um qualquer governo menos honesto e cumpridor, vir no futuro a poder utilizar ou taxar essas verbas e respectivo rendimento.

São pequenas opiniões, mas se todos as der-mos obrigará, provavelmente, algum iluminada a parar e pensar.

O que sei é que vamos ter anos de ainda mais dificuldades (pelo menos para alguns que pagam impostos de tudo o que ganham...).

Vamos ver se vai valer a pena...Ou...Ou...Ou...Não!!!

Até á próxima.

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