domingo, 22 de janeiro de 2012

COISAS SÉRIAS, PARA TODOS

Finalmente na semana passada foi assinado o Acordo para a Concertação Social.

 Levou meses a discutir, como todos nós nos recordamos.

 Para além da questão das indemnizações por despedimento (sem justa causa), terem sido significativamente reduzidas, "caiu" a meia hora de trabalho a mais e "caiu" igualmente o direito ao prémio que havia por se cumprir a obrigação que todos temos: assiduidade ao trabalho. Ou seja, deixa de haver o prémio de três dias de férias, por se ir trabalhar.

 Como estarão recordados já em 23 de Outubro tinha advogado exactamente isto, pelo que esta medida só pode ser no mínimo razoável, dado que estou longe de ser um iluminado. Sou apenas e só racional. 

 De qualquer modo acho que se foi pouco ambicioso. Nomeadamente na área das fraudes e da corrupção. 

 A todos os níveis. Porque se se diminuírem as fraudes na área do trabalho, venham elas de onde vierem, todos sem excepção, ficaremos a ganhar. 

 E há quem continue ou pelo menos queira continuar a viver da fraude. 

 Conto-vos um episódio, passado recentemente e de que tenho conhecimento. Determinada pessoa despediu-se da sua Entidade Patronal, para ir trabalhar para a concorrência, como se se veio a constatar. Não satisfeita (a pessoa) por atraiçoar infamemente a sua Entidade Patronal que lhe pagava um salário em cerca de 30% a mais do que é considerado o salário médio em Portugal (cerca de 800€), pediu, vá-se lá saber porquê, para a tal Entidade Patronal lhe passar uma carta, como se tivesse sido esta a despedir a pessoa, (sem justa causa), para apresentar no Instituto de Emprego para assim poder receber o respectivo subsidio de falso-despedido-desempregado. 

Uma palavra: vergonhoso e que diz bem da trafulhice que por aí ainda pulula nesta matéria. Naturalmente que não podemos generalizar esta questão. 

 Mas sempre se pode perguntar: não são estas pessoas, que fazem isto, ou tentam fazer, apenas a ponta do iceberg? Naturalmente que a Entidade Patronal, Contribuinte com todos os impostaos e taxas sempre em dia, lhe respondeu: Não pense nisso e isso é uma vergonha

 Quanto dinheiro não estará o estado a gastar para premiar estes falsos desempregados e que por sua vez tem que ir arranjar, o dinheiro, aos Contribuintes honestos e cumpridores? 

 Fica a questão.

 Até à próxima.

1 comentário:

  1. Caro Gomes Antão - deixo uma pergunta no ar?
    Será que, nas leis laborais, estaremos a ficar a par da Europa? e, relativamente aos salários dos trabalhadores? também?

    ResponderEliminar