terça-feira, 27 de novembro de 2012

CONTINUAÇÃO DA MENSAGEM ANTERIOR

Escrevo esta mensagem, continuação da anterior, que reporta o tempo ainda em Napier, mais precisamente a 30 Km a Sul desta cidade, ainda na Ilha Sul. Vejam bem o atraso com que estou…
Bom, voltemos ao B & B da Rosie. Quando chegámos, cerca das 5 horas já lá estava uma Senhora, que nos foi apresentada e de quem não percebi o nome á primeira, mas que fez questão de me explicar como se pronuncia:Helen.
Trabalhava na cozinha, o que nos causou alguma estranheza uma vez que não percebemos quem era e o que fazia.

A Senhora era extremamente, digamos que, espalhafatosa.
Entretanto “evaporou-se”, enquanto nós trocávamos algumas impressões de circunstância com a Rosie, sobre o tempo, sobre a viagem, etc.
Pouco tempo depois chegou um Senhor que nos foi apresentado com Amigo da Rosie (a Senhora é viúva) e apareceram mais duas Senhoras, para além da que primeiro falei, Ou seja, com a “equipa completa”, estávamos na casa
dois portugueses, dois alemães, e cinco Kiwis, nome por que são designados abreviadamente os Neo Zelandeses.
A Rosie convidou-nos para beber um “glass of wine” com umas bolachas eum bom queijo, antes do jantar, que nos iria ser servido e que percebemos depois estava aser confecionado pela primeira “galinha” que vimos quando
chegámos.
De repente uma das Senhoras que tinha chegado (chamemos-lhe a segunda galinha), desata de falar da defesa dos Kiwis um animal que não voando, porque não tem asas, é considerado ave e que tem um bico enorme e que
dificilmente é visível, porque sá aparece á noite. Nó numa outra viagem que fizemos ´NZ vimo-lo mas apenas num parque e metido, digamos assim numa vitrina.
Lá aturamos o discurso da segunda galinha, enquanto que a terceira, alta, velha e anafada, só ria como se fosse uma pavoa.
A Rosie e o seu Amigo iam olhando de certa forma algo constrangidos.
Percemos mais tarde que as três galinhas eram amigas entre si e que era habitual irem passar uns dias ao B & B da Rosie.
Fomos para a mesa e começa quase que um interrogatório aos “europeus”, como se fossemos uma espécie rara e em vias de extinção pela “fome” que a crise nos vai obrigando a suportar.
Elas perguntavam, que países é que o Gerd e a Gisela conheciam, como é que dois alemães e dois portugueses tinham vindo para á Nova Zelândia juntos (esta questão foi recorrente durante a viagem), que carros tínhamos
se vivíamos no campo ou na cidade, ou seja um interrogatório mais ou menos formal, o que deixava toda a gente algo incomodada. Toda a gente que não as três galinha s, entenda-se.
Até que a tal segunda galinha se virá para mim e me diz que um amigo que ela tem lhe disse que os portugueses estão a receber ajuda financeira da Europa há anos e que agora não queremos pagar o que nos supostamente nos
emprestaram.
Naturalmente que lhe respondi de uma forma ríspida que não era verdade o que lhe teriam dito e todos os presentes perceberam o alcance da resposta.
Aliás o Amigo da Roise nessa altura perguntou-lhe (á segunda galinha), porque não falava ela da Nova Zelândia, dado que nós eramos visitas do país e como tal devíamos ser tratados.
Foi um brilhante intervenção que todas as galinhas perceberam, ao ponto da tal segunda ter começado outra dissertação sobre a segurança das escadas de saída dos aviões, nos aeroportos e o custo dos seguros que as compa-
nhias de aviação pagam.
Toda a gente percebeu que o ambiente entre as 3 galinhas e os restantes, nomeadamente entre os alemães e os portugueses, ficou tenso.
Mas claro que, com a nossa educação nada mais se passou.
Cabe aqui referir que este foi o único episódio, menos agradável que eu jamais passei na NZ, uma vez que só tenho a dizer bem quer do país quer da população.
Mas num pais de tantos carneiro e ovelhas (10 milhões), vacas (4 milhões), algumas têm que sair defeituosas.
De resto este episódio só é relatado porque é isolado.
Prossigamos.
No dia seguinte depois do pequeno almoço, com ovos estrelados, bacon e tudo o resto que pertence a um pequeno almoço no campo, a Rosie perguntou-nos se queríamos ir ver a quinta. Eu e a Marina dissemos de imediato que sim
Muito embora não soubéssemos o que se seguiria. Não esquecer que o Gerd e a Gisela já tinham estado neste B & B no ano passado e que portanto sabiam.
A Rosie, Senhora de algo mais do que setenta anos foi buscar um carro ligeiro, para onde entramos, e desata de subir a montanha sobranceira á sua casa e que lhe pertence, pois está integrada na sua “farm”. Porém não há estrada,
Ou seja a estra é imaginária e só está cartografada na sua cabeça. Atravessámos planícies e subimos a montes por caminhas (imaginários), onde apenas cabia o rodado do seu carro ligeiro.
Qual não é nosso espanto quando vimos o cão rafeiro aparecer á frente do carro, já na alta montanha, o que quer dizer que também este tem o caminho mapeado, porém ainda um caminho diferente do da dona.
Fantástico o caminho, a vista, os borregos a fugirem á frente do carro, as vacas a olhar entre o intrigado e o estúpido, o ar que se respira no alto da montanha, que é pertença da Rosie, que é absolutamente indescritível na sua
Pureza, mas simultaneamente na sua frialdade das 8 horas da manhã.
A paisagem era fabulosa dado que estava uma manhã límpida, com sol, sem nuvens, pelo que podíamos ver dezenas deKm, fosse qual fosse a direção para onde olhássemos.
Lá descemos no mesmo caminho, o que era mais um susto, com o cão com uma velocidade alucinante, levando-o a chegar primeiro do que nós como tinha acontecido na subida.
Obrigado Rosie!!!
NOTA:Esta mensagem foi escrita a sobrevoar a Austrália e publicada já em Singapura enquanto tinhamos um stopover de 5 horas a aguardar o proximo voo para Frankfurt.






Sem comentários:

Enviar um comentário