domingo, 23 de dezembro de 2012

DOUBTFUL SOUND








Estávamos em 17 de Novembro e as saudades das nossas Netas, Beatriz e Matilda e da nossa Filha Claudia, continuavam a "apertar", não obstante dia sim dia não, ou quase, principalmente a Marina, falar com elas.
É o "preço" das férias...
Adiante.
Neste dia e depois de saírmos do B & B seguimos para um passeio de 24 horas, (o que nos libertou do "driving"),  num barco, que fazia o Doubtful Sound, que é um fiordland fantástico. Ou dito de outra maneira, é um lago de águas limpidas denominado Manapouri, apelidado do mais bonito da NZ, que está rodeado por montanhas, que caiem a pique e "povoadas" de árvores com uma densidade impenetrável.
Este lago tem um comprimento de 40 Km desde o seu inicio até ao mar aberto, com quem se encontra.
Foi um fantástico passeio,não obstante o tempo não ter ajudado muito, uma vez que não houve sol durante as 24 horas desta vivência a bordo.
O barco tinha umas condições fantásticas, muito embora não luxuosas, o que nesta coisa de férias é perfeitamente dispensável.
O camarote era perfeitamente adequado ao necessário, uma vez que, e depois de um óptimo jantar buffet, nos permitiu dormir extremamente bem, já que o barco parou, não obstante  pouca necessidade haver disso, uma vez que as águas não mexem, sequer.
Depois dessa noite (muito) bem dormida, levantámo-nos cedo e tomámos um optimo pequeno almoço e seguimos para finalizar a viagem pelo Doubful Sound prosseguindo até ao seu final que era o encontro com o oceano Pacifico.
Era o que pensávamos.
No caminho até ao oceano Pacifico, mar aberto portanto, fomos "encontrando" colónias de leões marinhos, com os seu juvenis, uma vez que é exatamente em Novembro que é a altura do seu nascimento.
Para além dos leões marinhos vimos muitos pinguins (pingins como diz a Matilda), mas o mais surpreendente foram os golfinhos que nos acompanharam durante largos minutos, brincando, vindo á tona e voltando a mergulhar, saltando, e caíndo de novo nas águas limpidas. Espetaculo fabuloso na realidade.
Se outras razões não houvesse, e houve, já tinha valido a pena este passeio.
No final e depois de ter-mos parado frente ao Pacifico, sem nele entrar, iniciamos o caminho de volta, não sem antes parar-mos num local, sem saída, ou seja no final do Lago Manapouri.
Era um silêncio sepulcral na verdadeira aceção da palavra. O unico som que se ouvia era o de uma ou outra ave que não se importando com a meditação que cerca de 50 humanos praticavam, piava.
Foram 5 minutos em que cada um terá pensado na sua vida passada e naquilo que cada um desejava que o futuro lhe trouxesse.
Há poucas oportunidades para o fazer, especialmente num cenário como este.
Simplesmente indescritivel. Ou pelo menos, eu, que não tenho qualquer dote lierário e só com alguma benevolência, terei alguma capacidade narrativa, não sou capaz de o fazer.
No entanto, há uma coisa, que sei: por mais anos que viva, jamais me esquecerei daqueles cinco minutos de meditação, onde consegui ver grande parte da minha vida, sobretudo o que mais nela, até agora me marcou.
Obrigado.
Este ponto, o "ponto 5 minutos", foi o ponto onde chegou o comandante do barco para onde foi mandado prosseguir pelo Capitão Cook, aquando da sua pasagem por estas bandas, dado que ele, o Capitão Cook, não sabia onde aquilo ia dar e não queria arriscar a sua frota.
Sugiro a todos que façam uma busca no Google sobre o Doubtful Sound, para se inteirarem um pouco mais sobre as suas caracteristicas e beleza, uma vez que a minha narrativa fica, de certeza, muito aquém do que é merecido.
Depois desta viagem regressámos ao nosso jipe e á menina do GPS e seguimos ainda mais para sul em direcção a Invercargill, mas isso fica para apróxima, dado que, não pode ser tudo de uma vez.
A todos os que têm pachorra para ler e ver algumas fotos, desejo um Bom Natal com saúde, paz e na companhia das respetivas Familias.
Até á próxima.

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