terça-feira, 19 de janeiro de 2010

KANGAROO ISLAND


















Como antes disse, esta é a mensagem que está em atraso e que tentará relatar de uma forma o mais pormenorizada de que for capaz, mas sem maçar quem faz o favor de acompanhar esta viagem.
No aeroporto de Adelaide apanhámos um pequeno avião de 34 lugares, que em cerca de 30 minutos nos largou em KI.
Ali, à nossa espera estava um sujeito de que identificou como Greg e que durante dois dias iria ser o nosso guia pela ilha.
Visitámos a ilha num jipe de enorme qualidade, um Toyota qualquer coisa, praticamente novo (teria cerca de 16.000 km) e extremamente confortável par a sua classe.
Depois das apresentações, partimos à descoberta da ilha. Trata-se de uma ilha com cerca de 150 km no seu maior comprimento e com cerca de 50km na sua maior largura e que possui cerca de 4.300 habitantes permanentes.

As pessoas vivem essencialmente do turismo e da pesca, tendo um nível de vida aparentemente bem confortável. Aliás existem na ilha duas ou três pequenas industrias, se assim se pode chamar, ao que se faz numa “fábrica” de produção de mel, numa pequena cultura e transformação de alfazema, (cultivam diferentes qualidades de alfazema) e fazem praticamente tudo do resultado desta cultura, doces, chás, piripiri, mostarda, etc., etc.

Kangaroo Island é uma ilha recente. Ou seja, apenas há dez mil anos passou a ser ilha, pois até aí estava integrada na Florieu Península, que visitámos e de que vos falámos, nomeadamente na mensagem sobre Victor Harbour.
De facto, devido a fenómenos geológicos desprendeu-se daquela península, formando-se esta ilha, que serviu há anos atrás para os brancos que “acharam” a Austrália, colocarem lá os aborígenes, dando lugar ao que se considera, hoje também na Austrália, o genocídio daquele Povo. Aliás os Australianos neste últimos tempos têm vindo a reconhecer inúmeros erros cometidos quer para com os Aborígenes, quer para com as crianças que vinham de Inglaterra e que eram -foram – escravizadas, como aliás há meses atrás o próprio primeiro ministro australiano reconheceu, tendo então pedido desculpas, a essas pessoas, então crianças.
O Greg, “a guy extremely friendly and patient with our questions – thanks Greg - ,lá nos levou a visitar os pontos mais interessantes da ilha, nomeadamente o Admirals Arch, as Remarkable Rocks, o North Cape, a Vivonne Bay, a Emu Bay, etc.. [To Greg: here it is de foto like we promise you...].

Não sabemos quantos km percorremos, mas foram bastantes, a maioria deles, por estradas não asfaltadas, sendo no entanto verdade, que são estradas de terra batida, mas de uma dureza tal, que dispensam bem o alcatrão.
Depois de ter-mos feito um pic-nic, (poderia e devia ter sido melhor servido), continuámos a descobrir o que a ilha nos oferece, nomeadamente vegetação, muito danificada por sucessivos incêndios, até que por volta das 5 horas da tarde, o Greg nos levou ao Lodge onde dormimos e onde conhecemos os donos, pessoas simpáticas, mas que não fazem história, e um casal de Brisbane que ali passava férias, sendo que o homem, que não me lembro o nome foi “Sales representative”, reformado e “totalmente reformado” nas suas palavras e que gostava bem de beber uns copos valentes.
Como chegámos cedo e ainda estava calor e o Lodge tem uma praia privativa, fomos dar um mergulho, até para que não se diga que viemos á Austrália e não demos um mergulho. Soube muito bem, até porque a água não estando muito quente, estava longe de estar fria.
Lá jantámos um óptimo peixe, diga-se de passagem, de seu nome King Edward (vá-se lá saber porquê). Porém antes disso o dono do lodge, chamou-nos à varanda para ver-mos um enorme família de cangurus, com macho, fêmeas e juvenis a comerem, numa encosta, perto da casa. Estes sim. Eram cangurus completamente selvagens, que dormem de dia, e que de noite procuram comer. Seriam cerca de 15 a 20 animais e tivemos a sorte de ver, e temos gravado em vídeo, dois juvenis a fazerem “canguru-boxing”. Grande espectáculo.
Depois de jantar fomos fazer mais cerca de 30 km para cada lado num outro jipe para ver-mos os pinguins, que nesta zona são azulados. No caminho que para lá quer para cá, vimos dezenas de cangurus a comer e a atravessar a estrada, bem como Wallabys, que são animais muito parecidos, mas muitíssimo mais pequenos. Aliás estes animais, sobretudo os Wallabys, morrem atropelados em enormes quantidades nesta ilha, porque são muitos e porque por vezes os condutores não têm grandes cuidados, sobretudo à noite.

No dia seguinte prosseguimos o nosso périplo tendo percorrido a pé o Koalla Way, onde vimos depois de muito procurar nas árvores, inúmeros Koallas, em puro estado selvagem.

Fomos ver os leões marinhos brancos como aliás na véspera já tinhamos visto, mas pretos e a que os Australianos não ligam tanto , que são um bonito animal e que os Australianos em geral e os habitantes de KI em particular tudo estão a fazer para preservar.

Voltámos a fazer um pic nic. Aliás cabe aqui dizer que os Australianos praticamente não almoçam, antes preferindo, beber durante o dia sucessivos “cappucinos”, dos quais se vão alimentando. É verdadeiramente impressionante a quantidade de leite que estes tipos bebem.
Aliás apenas desta vez reparámos nisto, provavelmente porque estamos a falar em estados, Victoria e South Austrália, que se situam no sul. Podia ter questionado, mas não o fizemos.

Este pic nic não sei se por acaso, ou não, estava melhor servido do que o da véspera.
Fomos então visitar a quinta da Alfazema e a fábrica do mel, antes referidas e depois fomos ver o último espectáculo: dar de comer aos pelicanos, que aqui são mais do que muitos e são uma ave extremamente simpática.

Como curiosidade refira-se que na Austrália, ao contrário, por exemplo do Panamá, os pelicanos são brancos e pretos, enquanto que no Panamá, são cinzentos.

Posto este espectáculo, fomos para o aeroporto para apanhar o avião de regresso a Adelaide.
Como conclusão refira-se que não sendo KI um deslumbramento, não deixa de ser um ilha muito bonita e de estar bem preservada, incêndios à parte, tendo valido bem a pena a visita que fizemos e os dois dias que gastámos.

Aliás é enorme a preocupação dos Australianos em geral, com a limpeza e a preservação do ambiente, pelo menos ao nível da cada vez maior utilização da energia solar e eólica, bem como quanto à reciclagem do lixo e não utilização de plásticos para embalagens e transporte de compras, por exemplo. Este sentimento é bem patente nesta ilha, como noutros lugares, tal a limpeza e o cuidado que têm com vegetação, mar, lixo, etc.etc.

Aqui ficam algumas fotos de KI apenas como aperitivo do álbum geral a publicar.

Até à próxima.





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