segunda-feira, 3 de junho de 2013

QUARENTA E SETE MESES

Foram quarenta e sete meses. Faltou um misero mês, portanto, para perfazer quatro anos.
Foi este o tempo que demorou a (eu) ter o primeiro ordenado na Segursintra.
Não que isso me faça, ou tenha feito, qualquer diferença, porque o dinheiro está longe, muitissimo longe, aliás, de ser importante para mim, quer se acredite ou não.
É-me indiferente. Completamente indiferente de resto. Como outras coisas na vida.
Porque sobreposto ao dinheiro há algo que só alguns conseguem ver e sobretudo sentir:
A PAIXÃO PELO QUE SE FAZ.
Foi disso que se tratou quando eu tomei a decisão de saír da Empresa onde trabalhava e em lugar de ficar em casa, ir para os cafés, ir para os ginásios, ou outra coisa qualquer, decidi ir ajudar as pessoas que trabalhavam na Segursintra, a estancarem os sucessivos resultados negativos, não obstante o muito e dedicado trabalho que a Marina desenvolvia. E continua a desenvolver, de resto.
Foram quase quatro anos de trabalho e sobretudo paixão, repito, mas com a ajuda de outros conseguimos. Pelo menos por enquanto...
Em resultado disso entendemos todos, que estava chegar a altura de eu passar a ser remunerado.
No primeiro mês, Maio, não foi grande a remuneração, no entanto para mim, teve um gozo igual ao primeiro ordenado que recebi em Agosto de 1970 ma Empresa onde então comecei a trabalhar. Na altura foi o equivalente a 6 € mensais. Iliquidos.
Agora foi bastante mais o que recebi, de acordo com o esquema que entre todos acordámos.
No entanto é o ato em si - a Segursintra poder pagar mais uma remuneração, que me dá um incontornável gozo.
Sinto-me verdadeiramente recompensado.
A sério.
Foram noventa euros e três cêntimos, liquidos, ou seja quinze vezes mais do que o que recebi iliquido em Agosto de mil novecentos e setenta.
Que paixão!!!
Vejam as notas e as moedas que vão ser religiosamente guardadas, como recordação.
A todos os que na Segursintra nos têm, por qualquer forma,  ajudadp,  seja ela qual for ou tenha sido, o meu muito obrigado!!!
Até á próxima, como uma surpresa.


1 comentário:

  1. Caríssimo GA

    Concordará comigo que o dinheiro só é indiferente para quem dele não tem necessidade.

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